No mundo dos blogs

Friday, February 10, 2006

Do lado de fora do Pato Fu

Ao mesmo tempo em que lança seu mais novo CD, “Toda a cura para todo mal”, um dos integrantes da banda Pato Fu vem conseguindo arrumar tempo para tocar um projeto paralelo. Porém, não se trata de nada ligado à música. O guitarrista John se juntou ao compositor Rubinho Troll e ambos colocaram no ar um blog, o 665, o Vizinho da Besta (http://665ovizinhodabesta.blogspot.com)

Rubinho e John tocaram juntos na banda Sexo Explícito, nos anos 80. O primeiro era o vocalista, enquanto o segundo cuidava da guitarra. Deixaram um hit solitário chamado “Faca”. John formou depois o Pato Fu e o resto da história é de conhecimento geral. Rubinho já teve músicas gravadas pelo próprio Pato Fu. As mais conhecidas são "O filho predileto do Rajneesh" e “A necrofilia da arte”. Agora, os dois voltam a trabalhar juntos, mas fora do ambiente musical.

“O 665 tem a mesma motivação de muitos blogs... Um espaço pra escrever o que vier à cabeça, coisas que não teriam onde ser publicadas, considerações, arte inacabada e sem lugar”, afirma John ao LABORATÓRIO POP. Ele deixa claro que todo o conteúdo do blog é de caráter puramente pessoal. “Não tem a ver com o Pato Fu - o que escrevo lá não tem a assinatura da banda”, diz. Talvez para deixar essa diferença mais clara, John e Rubinho, assim como muitos blogueiros, escolheram o Blogspot para ser o hospedeiro e veículo de suas idéias, e evitaram usar a super-estrutura do site do Pato Fu.

John diz que acompanha blogs de amigos na internet. Sobre a blogosfera propriamente dita, John acha que esse fenômeno ocorre pela simplicidade. “Ele acontece porque é fácil ficar com vontade de se ter um blog. Simples de fazer. E se você começa a ter idéias pra escrever, tem onde colocá-las”, diz. A respeito do nome usado para batizar o blog, John tem uma explicação sucinta para sua escolha: “Bobeira pura e simples”.

Os textos mais recentes falam sobre música. Rubinho traçou algumas linhas sobre System of a Down. Por sua vez, John analisou de forma bem cética o revival dos anos 80. No final, ele faz uma provocação: “Dito isso, acho que está na hora de relançarmos aqueles maravilhosos álbuns do Sexo Explícito e faturarmos milhões hein, Rubs? Ou será que vamos esbarrar na incompreensão das massas ignóbeis novamente”?

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